O livro lançado por FJV há uns tempos, foi de certa forma, um dos impulsionadores deste espaço. É conhecido, e o autor dá conta disso mesmo, que, havendo muita literatura nacional sobre vinhos, sobre cerveja nada se encontra. Foi pois com satisfação que li e reli o opúsculo, muito bem apresentado e escrito, e serviu-me ele de guia para procurar conhecer algumas cervejas das quais nunca tinha ouvido falar.
É óbvio que não coincidimos em algumas apreciações, mas nestas coisas em que o gosto individual prevalece, é o que é normal acontecer. Já no intróito que escreve, aflora pontos importantes na consideração a ter pelas cervejas, e aí estou em perfeita sintonia.
Como ele diz, não se deve beber uma cerveja com qualquer espécie de preconceito (máxima que, parece-me, se deverá aplicar a quase todas as decisões na vida). Contudo, manifesto desde já a minha pouca simpatia pela cerveja de lata - por muitos tratamentos que façam ao vasilhame, parece-me que alguma oxidação da bebida permanecerá sempre, adulterando-lhe o sabor - bem como beber cervejas da garrafa, atitude leviana que obsta a que a cerveja se solte completamente.
Este último aspecto, aliás, é muito interessante. Por cá bebe-se no copo que estiver mais à mão, embora em alguns estabelecimentos já se revelem alguns cuidados. Contudo, é tão aconselhável beber uma cerveja trapista belga num copo estreito e alto, como saborear um bom champagne numa caneca de esmalte. Mas este é assunto para um capítulo especial.
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At 15 de maio de 2007 às 01:11, Edgar V. Novo
Foi também FJV com este seu (e de todos nós) livro que me abriu portas a este mundo maravilhoso da apreciação de uma boa cerveja.
E para além das cervejas e da escrita refinada, FJV, apresenta todo um modus vivendi de tolerância, descontracção, boa disposição e boa vida!
Um livro essencial com certeza!
Cumprimentos