A primeira coisa que me chamou a atenção na Colomba foi o seu belo rótulo prateado, com uma patine que lhe empresta uma aspecto de coisa antiga e respeitável.
Depois, quando vi que era originária da Córsega, a minha imaginação voou para o meio do Mediterrâneo, em pleno Verão, e não resisti a abrir a garrafinha da Brasserie Pietra.
A espuma é abundante, bonita mas que se esfuma rapidamente. O líquido é de um amarelo pálido e turvo, o que não admira visto tratar-se de uma cerveja branca, mais propriamente como refere o rótulo, “Biére Blanche aux arômes de Maquis”. Confesso que não sei o que é maquis. Procurei na net, e a única referência que encontrei foi a de que se trataria de um arbusto de climas quentes. Deve ser isso, embora não lhe refiram o aroma. Há também, e essa é uma referência para muita gente, que Maquis era a forma como se denominava a Resistência Francesa durante a segunda guerra mundial, mas deverá ser essa que vem ao caso Embora a Colomba seja uma cerveja aguerrida, sem ser agressiva.
Ao nariz, chega um aroma discreto a citrinos, enquanto no sabor, essa tendência se torna bastante acentuada: limão, tangerina, ou mesmo a toranja, talvez, com um final muito peculiar e personalizado, embora algo amargo o que pode desagradar a alguns, mas de que gostei sinceramente. Tanto que me deu vontade de abrir outra logo a seguir.
Bebendo-a muito fresca em copo alto, ficou-me a ideia de que, graças àquele sabor misto de limonada e cerveja e o moderado grau alcoólico apresentado (5º) seria a bebida ideal para um fim de tarde de muito calor, na esplanada de um bom hotel em Ajaccio, face ao mar.
Eu, que nem sou um grande apreciador de witbiers, vi-me facilmente rendido aos seus pacíficos e tropicais atributos.
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