E achei-a curiosa porque, em parte, parecia ter-me lido o pensamento, uma vez o meu primeiro impulso, foi precisamente estender a viagem até à Dinamarca.
Não, não pensei nem na Itália, nem na Nova Zelândia, esta última por se desviar “um pouco” da rota. Na Dinamarca, sim, sem dúvida.
Mas depois, e relendo a proposição do iniciador da ronda, pareceu-me ler nas entrelinhas, e aquilo tudo muito bem espremido, a pergunta sacramental: afinal, em termos de cerveja, qual o teu país preferido?
Ora, eu já estendera a coisa a três países - ou 4, para ser exacto, uma vez que sugerira uma saltada a Amsterdam - e ir mais além, parecia dar a sensação de, afinal, escapar ao cerne da questão.
Mas na verdade, e dada a faculdade de poder deixar para trás toda e qualquer limitação económica - que, por um acaso, nem é a vertente mais limitativa, o que não se poderá dizer em relação ao tempo - a Dinamarca seria o fim de viagem ideal, se bem que - e lá vem outra vez à baila o dinheiro - se possa dizer que o preço da cerveja por lá, não seja muito convidativo. Em contrapartida, a oferta é extraordinária.
Mas o que eu queria evocar mais uma vez, são aqueles que parecem ser os Midas (mas em bom) dos tempos modernos, os Struise, É que além de escoarem parte da produção para os EUA, colaboram também com um prodígio cervejeiro, Mikkel Borg Bjergso, o pai de alguns dos, hoje, mais cotados produtos neste ramo, as Mikkeller. E claro, o rapaz é dinamarquês, e o seu bar é em Conpenhague.
Refere o Barbas acertadamente, que na Dinamarca se situam as mais americanas das micros europeias. Refere-se naturalmente à “escola americana”, da qual a Anchor e a Flying Dog - já aqui referidas - são só dois exemplos.
E acrescentaria eu que o redescobrir das “porter”, aos americanos muito deve, o que já não é pouco.
Portanto, mais uma estirada até norte, e fim de jornada em beleza no celebrado Mikkeller Bar, com memória garantida para muito tempo.
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