O acto de beber uma cerveja pode passar muito para além da banalidade. E tal, depende exclusivamente de quem a bebe. Hoje, não faço portanto a apreciação exclusiva de uma cerveja, mas de pormenores que poderão trazer um prazer maior ao acto de a beber.
É com certeza um ponto da maior importância a qualidade da cerveja. Duma má cerveja nunca se poderá extrair satisfação. Mas na minha óptica, haverá outras questões a ter em conta, e não vou falar da companhia ou do ambiente, que têm o seu peso específico.
Hoje, dedico-me exclusivamente à questão dos copos a utilizar.
Até há uns tempos atrás, para o bebedor médio em Portugal, qualquer copo servia. As cervejeiras forneciam uns banalíssimos copos para “imperial”, muitas vezes sem sequer o logo próprio. Parece-me que com o advento da Bohémia as coisas se alteraram um pouco, e talvez inspirados com o que se via lá fora, começaram a surgir artigos mais cuidados.
Na verdade, uma cerveja bebida em copo próprio, de preferência bonito, torna-se bem maius agradável.
E há muito tempo que as cervejeiras, nomeadamente as belgas, alemãs ou francesas, fazem questão de fazer servir as suas cervejas em copos personalizados - e eles mais que ninguém sabem o que melhor serve ao produto que vendem - muitos deles, autênticas obras de arte, como é o caso de algumas de que já aqui deixei fotografias, como da Delirium Tremens ou da Cuvée des Trolls, e que têm um apelo irresistível em quem consome. Podem ser mesmo consideradas mais valias para as suas cervejas. Um produto de marketing para levar muito a sério.
Experimente-se, por exemplo, beber a excelente Kwak no seu esplêndido copo (aqui em cima). É uma experiência surpreendente, e quem já o fez, sabe que parece permanecer em estado de graça e com um sorriso de beatitude até o precioso líquido se acabar.
Não sou um coleccionador de copos - ou de qualquer outra coisa relacionada com cerveja, o que considero uma bênção, dada a minha natural dose de preguiça - mas possuo alguns, os bastantes que me sirvam para beber os vários tipos de cerveja.
Aqui deixo a foto de um dos mais extraordinários que vi nos últimos tempos (diga-se desde já, que também extremamente caro)
Nota: Não falei das artísticas canecas alemãs, mas não se tratou de lapso. É que dessas, não possuo nenhuma.
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