Ruivas, Louras & Morenas

sexta-feira, 15 de junho de 2007
O segundo vértice do “triângulo madrileño” situa-se numa das saídas da bela Plaza Mayor, no nº 3 da Calle Cuchilleros, e chama-se Cafeeke. É um pequeno bar belga, ao que dizem aconchegado, mas não cheguei a entrar, o dia estava muito bonito, era hora de almoço e eu não resisto a uma boa esplanada. Ao que me consta, tal facto evitou-me conhecer a dona, que dizem ser uma simpatia, o que foi pena, pois que me daria talvez a conhecer mais sobre a casa. Mas adiante.
O empregado, ao mesmo tempo que me entregava a lista, indicava-me que neste mês a Te Deum estava numa espécie de promoção visto perfazer 5 anos de existência. Bom, a Te Deum é uma boa cerveja, mas é bastante comercializada em Espanha, ainda tenho algumas em casa e eu estava ali para beber algo que me fosse mais difícil encontrar. E a lista era bastante extensa. Tanto que me custou decidir . Optei por uma trapista - o meu tipo de cerveja favorito - e como não havia Westvleteren(ahahah! Pois!), escolhi uma Achel enquanto a minha companheira pediu uma Chapeau Lemon. Esta vinha fresquíssima, e a minha rondaria os 8/10º, que para o dia que estava, seria o ideal.
Na verdade, a Achel é uma excelente cerveja - cor escura, muita espuma que vai deixando anéis no copo e uum aroma a caramelo pelo ar, embora no género, a minha preferida continue a ser a espantosa Rochefort Trappiste 10. E vinha servida como deve ser, e como seria de esperar de um bar que reivindica as suas origens belgas. Para acompanhar, como aperitivo trouxeram uns pequenos croquetes picantes. Poucochinho, claro. Por isso, pedimos o almoço, que a Achel é perigosa quando cai num estômago quase vazio. Vieram umas asinhas de frango com batatas fritas, e uns croquetes de camarão. Não estava mau, embora não fosse nada de assinalável.
Os preços das cervejas não vinham inflacionados, e o almoço saiu relativamente barato, pelo que um retorno á Cafeeke se justifica plenamente, ainda para mais porque fica num sítio bonito da capital espanhola.


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posted by Vic at 6/15/2007 07:39:00 da tarde |


9 Comments:


At 15 de junho de 2007 às 20:04, Blogger galvao99

A Rochefort Trappiste 10 é "encontrável" nalgum bar da grande Lisboa?

 

At 15 de junho de 2007 às 20:10, Blogger Vic

Olá, galvao99. Em bares não sei, mas no Delidelux para comprares e levar para casa há com reguularidade. E a Rochefort Trappiste 8 também é muito boa :-)
Abraço

 

At 15 de junho de 2007 às 20:25, Blogger galvao99

Bem, estou a ver que vou desgraçar o meu orçamento, mas vai ser por uma magnifica causa :). Onde fica o Delidelux e o que é?

Já agora, e era para te ter perguntado no comentario anterior mas passou-me, qual o tipo de comida que melhor acompanha uma karmeliet,so para dar um exemplo? Vai melhor com carne, peixe, marisco?!

Obrigado

 

At 15 de junho de 2007 às 21:03, Blogger galvao99

Ja encontrei.Em Sto Apolonia. Pelo aspecto vou mesmo perder o orçamento, mas é daqueles sitios que vou querer visitar.Ainda por cima com vista para o rio...

Um abraço

 

At 15 de junho de 2007 às 21:17, Blogger Vic

Meu caro Galvao99, O Delidelux é uma mercearia gourmet/bar que fica nuns barracões mesmo em frente à entrada da estação de Sta. Apolónia com esplanada para o rio. Muito agradável.
Tem uma razoável quantidade de cervejas (e de muitos outros produtos) embora sejam mais caras que no Corte Inglês. O problema é que o Corte Inglês de Lisboa, raramente tem as Rochefort - a ultima vez foi quando fizeram a feira gourmet da Europa há uns 2 meses e nessa altura as Rochefort 10 custavam 2,10€ enquanto no Delidelux chegam a cuustar à volta de 4€. Agora, estou à espera que seja a habitual feira da cerveja que o Corte Inglês costuma fazer no Verão.
Quanto á comida para a Karmeliet, acho tão boa que me parece que vai bem com tudo. Mas talvez, dada a leveza e a carbonatação elevada em relação ao tipo de cerveja, vá melhor com peixe ou marisco.
Abraço

 

At 17 de junho de 2007 às 00:15, Blogger galvao99

Hoje almocei uma belissima cataplana de cherne e so me vinha à ideia de que uma cerveja Belga caía que nem ginjas, mas claro que no restaurante so havia cerveja Portuguesa. Quando comprar para ter em casa vou resolver parte do problema :)

 

At 18 de junho de 2007 às 17:40, Blogger Vic

Realmente, é uma pena Mas pode ser que a política de importação mude. Afinal, nos últimos anos as coisas têm evoluuido :-)

 

At 19 de junho de 2007 às 10:44, Blogger DJ Bruto

Infelizmente, sou um bocado pessimista nestas coisas. E com a grande concentração de empresas cervejeiras que está a ocorrer no mercado mundial, temo que muitas das pequenas produtoras se percam neste fyracão de busca incessante pelo lucro.
Vejamos esta situação: a Baden-Baden era uma microcervejaria brasileira com produtos de nível mundial. O seu sucesso abriu o apetite a gigantes da indústria. Acabou por ser a Schincariol, a 3ª ou 4ª empresa do Brasil a comprar a companhia. Agora, a sul-africana SABMiller prepara-se para comprar a Schincariol, apenas 4 meses após esta ter adquirido a Baden-Baden. Como ficará a identidade desta última empresa? Enfim, o futuro tem de passar essencialmente pela micro-produção, algo semelhante ao que aconteceu nos EUA no início da década de 80. Ou seja, estamos quase 30 anos atrasados...
Abraço,
Bruno.

 

At 21 de junho de 2007 às 17:32, Blogger Vic

Bruno,
O pior é que nem isso vejo mexer...
Abraço