quarta-feira, 8 de agosto de 2007
O Edu Passarelli, um amigo da cerveja – e de outras especialidades – que mantém um blog sobre o assunto, merecidamente reputado no Brasil, esteve recentemente pela Europa – a que apelida de “paraíso da cerveja”, pelo que deduzo não tenha passado por Portugal – e particularmente porque é o que vem ao caso, em Espanha, e explicíta-o num dos seus últimos posts, no qual particulariza a sua experiência com a cerveja Te Deum.
Achei curioso, porque o que ele relata a determinada altura, coincide de certa forma com o que se passou comigo numa fugida a Madrid, há um par de meses atrás.
Diz ele que “…à mesa de um pub belga em Madrid, e após pedir a primeira cerveja, o garçom nos trouxe raspadinhas e um dos prêmios foi uma garrafa da desconhecida cerveja espanhola Te Deum. Digo um dos prêmios pois este foi o segundo …”. Ora, oferta semelhante me foi feita no Cafeeke (o tal barzinho belga simpatico, que aqui referi num post de Junho), o que me leva a crer que, por pouco não me cruzava com o Edu.
Mas a coincidencia fica por aí. Na verdade, fizeram-me a oferta da raspadinha se eu pedisse uma Te Deum, só que eu já conhecia a cerveja, e a carta deles tinha ofertas tão tentadoras, que, com pena pela perda da raspadinha, recusei a Te Deum e pedi uma Achel (Ah! claro que não perdi na troca!!!). Mas compensei, abastecendo-me de Te Deum’s numa grande superfície da capital espanhola, porque o Edu tem muita razão no que diz – ou não fosse um expert - , a Te Deum, em qualquer das três versões, exibe uma qualidade acima da média, embora a minha preferência recaia na Brune.
Refere ele depois que “…Decidimos trazer a garrafa para ser degustada no Brasil. O rótulo menciona ser uma cerveja de abadia espanhola, tripel, e fabricada em Madrid mesmo. Pesquisando um pouco depois li que ela têm a fabricação terceirizada na belga Brasserie Du Bocq. Fica aqui a dúvida, mas vou confiar no rótulo.…”.
Bom, aqui creio que posso dar mais uma achega. Esta cerveja é relativamente recente. Creio mesmo que a tal promoção de que o Edu fala, tem a ver com os 5 anos de existência da cerveja que se comemoravam na altura, ao que me foi dito.
Depois, vem o tal mistério da origem da cerveja. Belga? Espanhola? Segundo vi referido algures, um dos “pais” da Te Deum terá sido o dono da Oldenburg, também uma cervejaria madrilena (de que dei nota aqui, pela mesma altura), homem muito interessado e sabedor de tudo o que diz respeito a cerveja. Aliás, as paredes do seu exíguo mas abastecidíssimo estabelecimento, são poucas para a exposição da quantidade de diplomas de que é titular.
Não sei a história com rigor, mas não andará muito longe da verdade que a mesma tenha efectivamente origem em Espanha, e que a sua comercializaç\ao tenha sido entregue a uma Cervejeira internacionalmente reconhecida como a Du Bocq.
De qualquer forma, trata-se de um produto de grande divulgação em Espanha – e trata-se de mais um mistério para mim, como é que ainda não chegou cá, uma vez que é quase tão vulgar em Espanha como a Bock Damm ou outra qualquer outra cerveja espanhola – e merecedora de toda a atenção.
A apreciação feita pelo Edu, é semelhante à que eu faria, pelo que me vou escusar de repetir. Só lhe faltou referir a terceira variedade da grelha, a “blond”, que está ao nível das outras duas, embora mais leve e floral, e posuidora de uma mais forte gaseificação.
Etiquetas: Te Deum
posted by Vic at 8/08/2007 03:02:00 da tarde |
6 Comments:
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Enviar um comentárioAt 10 de agosto de 2007 às 10:46, Paulo Feijão
Olá
Me chamo Paulo Feijão, e conheço também o Edu Passareli, já tivemos a oportunidade de conversar algumas diversas vezes.
Não conhecia o blog, está de parabéns muito bom, e convido-o a conhecer o meu blog também sobre cerveja, aqui do Brasil, se quiser de uma passada por lá http://www.obiercevando.blogspot.com
Dai podemos trocar figurinhas também, gostaria de conhecer um pouco mais o mercado portugues de cerveja.
Abraços