Ruivas, Louras & Morenas

terça-feira, 30 de outubro de 2007
Por cá, o turismo aliado ao interesse pela cerveja, ainda parece não existir. Mas por mim, quando tenho oportunidade de sair deste jardim, venho até à rede, e procuro alguns locais de referência cervejeira que possa haver no meu destino.
Recentemente, desloquei-me a Sevilha, mesmo aqui à mão, mas onde não ia há muitos anos, principalmente graças àquele clima de fugir.
Assim, procurei na net, mas encontrei pouca informação. A mais relevante, dizia respeito a uma “Cerveceria Internacional”, cuja carta, dizia-se, era generosa, quer em cervejas de pressão, quer de garrafa.
Já na cidade, verifiquei existirem inúmeras cervejarias - o que não se estranha, dado o tal clima escaldante, em algumas zonas, porta com porta, mas notei que, na generalidade serviam somente aquelas cervejas espanholas vulgares, que pouco se recomendam.
Portanto, à hora do almoço, desloquei-me até àquela de que tinha referências. Fica na Calle Gamazo, uma rua estreita nas costas da Plaza Nueva, bem no centro histórico.
A Cerveceria não é muito grande e não possui mesas, os lugares sentados são ao balcão, no qual se alinham as “bicas“ das cervejas á pressão, das quais sobressaem, entre outras, a da Leffe, Paulaner, Bass, Kriek Timmermans (que tinha esgotado no fim de semana), e várias outras. Mas há espaço suficiente para os donos exporem uma quantidade de cervejas de fazer salivar qualquer um.
E as paredes são quase completamente preenchidas com garrafas, algumas delas verdadeiras raridades, copos devidamente limpos e alinhados, e ainda sobra para vários packs de cervejas+copo e ainda, alguns anúncios e curiosidades.
O serviço é muito simpático - o dono é especialmente atencioso - e os acompanhamentos bastante variados e de preço acessível. Tal como o preço das cervejas, ao nível do que é habitual neste tipo de estabelecimentos.
O grande problema é mesmo o da escolha. Na foto de cima, as cervejas escolhidas para beber no sítio - claro que aproveitámos para trazer umas que por cá, nem em sonhos - ,uma Watou Tripel, morena clara com muita alma, e uma Liefman’s Frambozen, uma das tais cervejas que os puristas gostam de não gostar. Mas a verdade é que é um excelente exemplo do que deve ser uma cerveja frutada, com boa carbonatação e um sabor acentuado a framboesa, que no entanto, não a torna adocicada. Portanto, excelentes ambas.
A despedida, apesar do sorriso amável do dono, foi penoso, que ninguém sai de boa vontade de um paraíso.
Fiquei a pensar quando é que por cá, alguém terá a “ousadia” de se lançar em algo do género. No entretanto, vamo-nos contentando com meia dúzia de lugares onde podemos ir saboreando meia dúzia de boas cervejas.
E com a esperança, naturalmente.


Watou - **********


Liefman’s Frambozen - **********






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posted by Vic at 10/30/2007 04:46:00 da tarde |


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