sexta-feira, 16 de novembro de 2007
A minha avó materna, a D. Francisca, beirã da beira fria e profunda e que nunca saía da sua aldeia, dizia que “nunca devemos confiar em louras”.
Sempre me pareceu que aquilo era “mania de velhinha”, mas a minha mãe dizia que não, que era mesmo uma mala pata que ela tinha às pessoas de tez clara, e que a sua própria sorte fora que a D. Francisca já a conhecera quando o seu cabelo, originalmente claro, começara a escurecer. “Mesmo para ti, que és neto, da primeira vez que te viu com aqueles caracóis clarinhos, olhou desconfiada”.
A verdade é que, não sei se por com a idade, e à semelhança do que acontecera com a minha mãe, o meu cabelo também escureceu progressivamente, a D. Francisca foi adoçando o olhar.
Ora eu não herdei esse preconceito da minha avó, e ainda bem. È que a ser assim, provavelmente não teria provado esta magnífica cerveja que hoje vos apresento, se é que ela precisa de apresentação.
O aspecto da Westmalle Triple no copo, parece dizer tudo: de um louro alaranjado e turvo, uma espuma parcimoniosa que vai deixando anéis pelo copo à medida que se vai consumindo, e uma gaseificação moderada, é uma tentação.
Da degustação desta trapista - pois que mais, se não trapista? - o mínimo que se pode dizer é que é extraordinária. Contrariamente ao que acontece com muitas cervejas belgas, com esta tem-se a tentação de beber-se muito fresca e o resultado é o desejado: uma cerveja muito equilibrada, com aroma e sabores a cítricos e a muito mais que se torna difícil de descrever, tal a sua complexidade.
Mas para quê complicar e não dizer só que é uma cerveja de qualidade extra, e que a sua degustação é uma autêntica festa dos sentidos. E o álcool (Abv 9º), não é detectável aquando da ingestão. Mas atenção, tal é a tentação de repetir a magana, que vamos dar (e bem) por ele quando nos levantamos da mesa
Só há uma coisa que não consigo entender: é que por cá ainda se vai encontrando a dubbel, mas esta… Alguém entenderá os critérios dos importadores?
Sempre me pareceu que aquilo era “mania de velhinha”, mas a minha mãe dizia que não, que era mesmo uma mala pata que ela tinha às pessoas de tez clara, e que a sua própria sorte fora que a D. Francisca já a conhecera quando o seu cabelo, originalmente claro, começara a escurecer. “Mesmo para ti, que és neto, da primeira vez que te viu com aqueles caracóis clarinhos, olhou desconfiada”.
A verdade é que, não sei se por com a idade, e à semelhança do que acontecera com a minha mãe, o meu cabelo também escureceu progressivamente, a D. Francisca foi adoçando o olhar.
Ora eu não herdei esse preconceito da minha avó, e ainda bem. È que a ser assim, provavelmente não teria provado esta magnífica cerveja que hoje vos apresento, se é que ela precisa de apresentação.
O aspecto da Westmalle Triple no copo, parece dizer tudo: de um louro alaranjado e turvo, uma espuma parcimoniosa que vai deixando anéis pelo copo à medida que se vai consumindo, e uma gaseificação moderada, é uma tentação.
Da degustação desta trapista - pois que mais, se não trapista? - o mínimo que se pode dizer é que é extraordinária. Contrariamente ao que acontece com muitas cervejas belgas, com esta tem-se a tentação de beber-se muito fresca e o resultado é o desejado: uma cerveja muito equilibrada, com aroma e sabores a cítricos e a muito mais que se torna difícil de descrever, tal a sua complexidade.
Mas para quê complicar e não dizer só que é uma cerveja de qualidade extra, e que a sua degustação é uma autêntica festa dos sentidos. E o álcool (Abv 9º), não é detectável aquando da ingestão. Mas atenção, tal é a tentação de repetir a magana, que vamos dar (e bem) por ele quando nos levantamos da mesa
Só há uma coisa que não consigo entender: é que por cá ainda se vai encontrando a dubbel, mas esta… Alguém entenderá os critérios dos importadores?