Não precisaram eles de mais incentivos que a opinião positiva de alguns amigos sobre aquilo que produziam. Não necessitam, portanto, de mais nada a não ser a sua paixão pela bela bebida, e o talento para “mexerem” com os maltes e os lúpulo, e as águas’ para alem de mais algum condimento que alguém mais inovador queira acrescentar.
Porém, e porque se trata de um caso exemplar, não queria deixar de mencionar uma história exemplar e que demonstra como o “amor á arte” pode dar outros frutos, para além da satisfação pessoal.
Com efeito, os Struise - em inglês Sturdy (resistente), o que já dá ideia da fibra dos ilustres - são quatro amigos (Carlo, Urbain, Phil e Peter) cervejeiros…sem cervejeira. Reuniram-se como amadores e aventuraram-se na produção nos tempos livres, há uns anos atrás. Desenvolveram ideias e foram divulgando as suas pequeníssimas produções - há uns 7/8 anos atrás limitavam-se a uma produção de 30 litros para consumo pessoal - e verificaram que os produtos eram de excelente qualidade, o que os fez pensar em desenvolver as suas capacidade. O único entrave era a falta de capital, mas tiveram a sorte de encontrar o dono de uma cervejeira pronto a rentabilizar as suas instalações, e é assim que se iniciam na produção comercial na Brasserie Caulier, onde se mantiveram durante três anos, espaço de tempo em que a sua produção foi em crescendo, desde os 30 hl em 2002 até aos 150 hl de 2005. Em 2006, tendo em vista uma produção de 300 hl decidiram alugar uma cervejeira mais ampla, a Deca, localizada em Vleteren, muito perto do Convento de Sint-Sixtus, onde os monges continuam a produzir as maravilhosas Westvleteren.
Mas mais importante que a evolução nas quantidades de cerveja produzida pelos 4 amigos - que espantosamente continuam a dedicar-se à arte cervejeira em part-time - é a qualidade fora do comum das várias cervejas que fabricam, entre elas a extraordinária ale Pannepot e a muito elogiada (por quem já teve a sorte de a provar) stout Black Albert.
Naturalmente, e como nestas coisas a palavra passa depressa, De Struise Browers viram-se nas bocas do mundo, e os seus produtos passaram a ser desejados por todo o lado, mais ainda desde que os grandes sites de amadores cervejeiros como a Ratebeer ou a Beer Advocat, elegeram várias das suas cervejas, como das melhores do mundo, tendo sido nomeados como cervejeiros do ano de 2008, dando-lhes assim uma outra visibilidade.
Ora, se esta espécie de "conto de fadas" dos tempos modernos não inspirar os nossos amadores cervejeiros, o que os inspirará?
Etiquetas: De Struise Browers
At 17 de março de 2008 às 17:15, Rui Avilez
Olá caro amigo e colega apreciador de cerveja. Penso que estarias constipado quando provaste a nova ABADIA RUBI, pois sou de opnião contrária à tua, bebi a dita acompanhada por um bom cabrito assado e posso afirmar pois cerveja tipo ABADIA ( cerveja estilo belga ) é o meu forte e para mim seta cerveja está dentro das cervejas de qualidade, tem corpo sabor e cheiro.
Quanto à GOLD tambem apreciei, mas é uma cerveja diferente pois é mais frutada e não é de desprezar mas é preciso gostar.
Abraço
At 17 de março de 2008 às 18:02, Vic
Pois meu caro amigo Rui Avilez, ao que parece, não estou só na apreciação às novas "gourmet" da SB.
Basta leres o tópico do Cervejas do Mundo sobre o assunto. Aí está o link:
http://cervejasdomundo.com/Forum/viewtopic.php?t=436
Poderás verificar que não estou só :-)
Abraço e volta sempre. É um prazer trocar opiniões com quem gosta de cerveja.